terça-feira, 5 de maio de 2009

Execução de Delara Darabi


Na manhã de dia 1 de Maio, as autoridades iranianas executaram Delara Darabi, de 23 anos, na Prisão Central de Rasht. A Amnistia Internacional revelou que Delara foi a segunda pessoa a ser executada este ano após ter sido condenada por um crime que cometeu quando tinha menos de 18 anos.“A Amnistia Internacional indigna-se com a execução de Delara Darabi, nomeadamente com o facto de não ter sido comunicada ao advogado de Delara, sendo que legalmente este deveria ter sido informado com 48 horas de antecedência, o que aparenta ser uma jogada de bastidores por parte das autoridades, de forma a evitar protestos tanto a nível nacional, como internacional, que poderiam ter salvo a vida de Delara Darabi”, disse Hassiba Hadj Sahraoui, a Directora Adjunta do Programa do Médio Oriente e Norte de África.
Delara Darabi foi executada, apesar da decisão do Presidente do Poder Judicial de 19 de Abril de adiar a sua execução por dois meses. “Isto significa que até as decisões do Presidente do Poder Judicial não têm qualquer peso e são desrespeitadas nas províncias”, disse Hassiba Hadj Sahraoui.Delara Darabi foi condenada pelo crime de homicídio de uma familiar, em 2003, quando tinha 17 anos. Inicialmente confessou o crime, na esperança de salvar o seu namorado do enforcamento, tendo-se posteriormente retraído da sua confissão. Esteve presa na Prisão de Rasht, no Norte do Irão, desde a sua detenção em 2003, tempo durante o qual desenvolveu um grande talento enquanto pintora.
A Amnistia Internacional considera que Delara não teve um julgamento justo, visto que o tribunal se recusou a aceitar novas provas que, de acordo com o advogado, teriam provado que ela não poderia ter cometido o homicídio. A Amnistia Internacional tem acompanhado o caso que tem sido tema das suas campanhas desde o seu surgimento, em 2006, apelando às autoridades iranianas que comutassem a sua sentença de morte e que levassem a cabo um novo julgamento cujos procedimentos estivessem de acordo com os parâmetros internacionais.
A execução de Delara Darabi perfaz a 140ª execução no Irão este ano. Foi a segunda mulher executada. O Irão executou pelo menos 42 delinquentes juvenis desde 1990, oito dos quais em 2008 e um no dia 21 de Janeiro de 2009, desrespeitando o direito internacional, que inequivocamente proíbe a execução de pessoas que tenham cometido crimes com menos de 18 anos de idade.



Olá a todos, bem-vindos ao blog do Grupo 1 da Amnistia Internacional de Portugal.

Para além de todas as outras actividades que um grupo da Amnistia Internacional desenvolve, o nosso grupo está também integrado na MAGRAN, ou seja na Rede de Acção Regional responsável pelas acções e casos dos seguintes países:
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- Cabo Verde
- Guiné Bissau
- Guiné Equatorial
- Moçambique
- São Tomé e Príncipe






Partilhamos convosco um vídeo da música de Ismael Lo “Jammu Africa”, com um apelo à paz e uma mensagem de união e solidariedade entre África e com África.
E porque pelo menos um de nós tem a alma africana, ficam as palavras
Dans mon rêve je prie Dieu pour que cela se réalise avant mon trépas

Je dis 'un jour viendra où l'Afrique sera unie

D'ici ou d'ailleurs nous somm' des enfants d'Afrique

Como temos acesso à informação?
A informação dos casos e acções relativos ao MAGRAN apresentada neste site é da responsabilidade do departamento responsável por essa rede do Secretariado Internacional da Amnistia Internacional, já que os grupos internacionais MAGRAN só podem tratar casos e acções que sejam disponibilizados por aquele departamento.

Como desenvolvemos o nosso trabalho?
Sempre que recebemos informações do Secretariado Internacional acerca de um caso ou acção num dos países que cobrimos temos várias opções para trabalhar: desde envio de mails e cartas às autoridades do país em questão, visitas às embaixadas (mediante autorização da secção portuguesa da AI), lobby e advocacy para chamar a atenção sobre o caso que ocorre. Em relação ao último ponto podem-se desenvolver várias acções: vigílias, maratonas de cartas, concertos de solidariedade para com as vítimas, tertúlias, exposições de fotos, teatros e outros eventos.

Como pode fazer parte do grupo?
Convidamos quem estiver interessado em fazer parte do grupo a enviar-nos um email para:
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Como participar sem fazer parte do grupo?
Existe também a possibilidade de participar nas acções sem fazer parte do grupo. Para tal basta estar atento ao blog pois iremos disponibilizar no blog modelos de cartas que podem ser enviados para os endereços que também serão disponibilizados.

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Grupo 1